terça-feira, 13 de setembro de 2011

Uma corrida pelo Sistema Nervoso

Boa noite, gente! É com grande entusiasmo que começaremos a "esquentar nossos motores" para o estudo da ação dos neurotransmissores em nosso corpo, mas antes disso, que tal irmos devagar? Daremos início agora ao fascinante "universo celular" que constitui nosso corpo explicando a atuação do sistema nervoso. Apertem seus cintos de segurança que nós vamos acelerar!

Antes de qualquer coisa, precisamos dizer que, para que nosso corpo funcione como uma "máquina bem ajustada" todos os sistemas precisam atuar em conjunto. O sistema nervoso age conjuntamente com o sistema endócrino - responsável pela variação hormonal corporal - para a integração do organismo como um todo.

Mas de que forma isso acontece? O sistema nervoso possui duas divisões principais: o sistema nervoso central, composto pela medula espinhal e pelo encéfalo, é o responsável por processar a informação e enviar comandos com as respostas; o sistema nervoso periférico, por sua vez, é composto por nervos e gânglios, esta porção tem por objetivo captar estímulos externos, levá-los ao SNC (sistema nervoso central) e então aos músculos que efetuarão os movimentos.

Explicando dessa forma, no entanto, surge uma dúvida: de que forma se faz essa comunicação entre as células, afinal, não se pode esperar que as células falem umas com as outras da mesma forma como nós nos comunicamos com outras pessoas. Então, como acontece?

Existem duas formas básicas de transmissão dos impulsos nervosos: eletricamente - usando a diferença de potencial elétrico entre a parte interna e a externa da membrana dos neurônios - e quimicamente - neurotransmissores que são produzidos e eliminados nas fendas sinápticas também chamadas GAP, sendo depois reconhecidos pelos receptores do outro neurônio continuando o estímulo.

SINAL AMARELO! Vamos desacelerar um pouco e explicar esse contexto melhor antes que vocês se percam no conteúdo. Para agilizar e priorizar as nossas postagens com assuntos mais profundos, indicaremos alguns sites que expliquem alguns pontos que podem gerar dúvida. A forma básica do neurônio, por exemplo, célula básica do sistema nervoso que é especializada na condução de informação sob forma de impulso químico-elétrico, não será explanada em detalhes, mas se você for uma daquelas pessoas que têm curiosidade em aprender mais ( e nós esperamos que seja) você pode acessar um blog que também foi feito por outros alunos de Medicina, essa postagem foi escrita pelo aluno Bruno Sakamoto e está muito boa para se entender melhor o funcionamento e estruturas básicas do neurônio. O link para descobrir um pouco mais sobre os neurônios é: http://neuromed92.blogspot.com/2010/11/neuronio-unidade-funcional-do-sistema.html.

Agora que já entendemos melhor o neurônio, vamos voltar a falar sobre os impulsos nervosos. A membrana celular do neurônio é especializada na condução de impulsos elétricos. Tal condução ocorre, como anteriormente citado, devido à diferença de potencial (diferença de cargas) entre a parte interna e a externa da membrana. Quando ocorre o estímulo, uma despolarização da membrana é percebida e as cargas são invertidas, o impulso elétrico então se propaga. Quando chega ao telodendro, terminação dos axônios, existe um espaço entre os neurônios: a fenda sináptica ou GAP, como é conhecida.

Mas, se os neurônios não estão unidos, como acontece a propagação da informação? Entramos nesse momento nos 100 metros finais de hoje nesta corrida pelo mundo dos neurotransmissores: o impulso é continuado graças à produção e excreção - pelos neurônios - de substâncias capazes de sensibilizar os receptores dos dendritos do próximo neurônio e, dessa forma, levar a informação para o próximo neurônio. Essas substâncias responsáveis pela integração funcional entre os neurônios são chamadas de neurotransmissores.

Ufa! Recebemos a bandeirada final! Chegamos aonde precisávamos para esse primeiro encontro: entendemos a função do sistema nervoso no nosso corpo, apontamos o neurônio como célula funcional básica do sistema nervoso e somos capazes de descrever sucintamente a forma como o impulso nervoso é passado sabendo agora da existência dos neurotransmissores e entendendo sua função principal. Está na hora de subir ao pódio, levantar o troféu e respirar aliviado: o post de hoje fica por aqui. O próximo post falará melhor sobre neurotransmissores, como aconteceu sua descoberta, as principais classes de neurotransmissores e focaremos a explicação de forma a sanar as dúvidas que foram observadas numa enquete que fizemos com alguns alunos da Unb.

Então, por hoje é só!
Até amanhã pessoal e não se esqueçam: Sorria e deixe a endorfina fluir! =P


Fontes Bibliográficas:
  • http: //www.cerebromente.org.br/n07/fundamentos/neuron/rosto.htm - escrito por Silvia Helena Cardoso, PhD, psicobióloga, diretora e editora chefe da revista Cérebro e Mente; revisado pelo neuroanatomista Dr. Roberto Cysne Coimbra, MD, PhD - acessado em 11/09/2011
  • AMABIS, José Mariano, Biologia V. 2 Anatomia dos seres vivos - anatomia e fisiologia de plantas e de animais; 2.ed - São Paulo: Moderna, 2004
Figuras:

3 comentários:

  1. Muito bom esse post!!
    parabens, a linguagem utilizada e perfeita para para o entendimento do assunto!!

    muito bom mesmo!!

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  2. Tb gostei da liguagem, bem direta, parece um bate-papo com o leitor.

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